Mesmo após quase um mês da estréia do novo filme de James Cameron, Avatar, o Blog Gigantoteca faz questão de analisar este longa, tão falado, especulado e analisado nos últimos dias por intermédio de vários meios de comunicação. Afinal, este era exatamente o pretendido pelo mesmo diretor do clássico, e campeão de bilheterias, Titanic (filme este, que está há mais de 10 anos em primeiro lugar na lista de campeões de bilheteria, com mais de 1 bilhão de dólares arrecadados).
Avatar não é um simples filme visto no cotidiano. Além de ter seu orçamento especulado em mais de 400 milhões de dólares (maior gasto cinematográfico até hoje), James Cameron e toda sua equipe, trabalharam cerca de 14 anos neste projeto, cuidando sempre de detalhes como a ambientação da história, elementos que habitariam este ambiente, fazer com que toda esta questão de localidade da trama parecesse o mais real possível, além de outro fatores. Um trabalho árduo e acima de tudo muito arriscado, pois era simplesmente o maior investimento da indústria cinematográfica, e assim como uma carga horária de trabalho que envolve mais de uma década, que poderiam simplesmente falhar no cinema, afinal, a vida é uma caixinha de surpresas.
Mas James Cameron não só confia no seu taco, como também sempre teve a certeza de que seu filme conseguiria mais uma vez, chegar no topo da história do cinema. O diretor apostou tudo em seu dado, jogou, e tirou o número 6, para a alegria da nação. Tanto em termos visuais internamente no filme, quanto na elevação do cinema 3D a um patamar de maior realidade ainda, fazendo com que o público literalmente entre de cabeça na ambientação do filme. Cameron provou com Avatar, que não só o protagonista Jake Sully (Sam Worthington), poderia entrar no mundo dos Na´vi por intermédio do seu Avatar, como o próprio expectador, entraria naquele mesmo mundo, por intermédio da tecnologia 3D.
A beleza do mundo habitado pela raça Na´vi, é simplesmente tão real quanto a beleza que vemos, ao avistar uma paisagem de tamanho grandeza como o pão de açúcar, a muralha da china, a estátua da liberdade, entre outros monumentos arquitetados tanto pelos homens, quanto aqueles arquitetados por Deus. Outro vestígio de perfeição, está nos traços de cada ser daquele planeta, tanto os Na´vi quanto as plantas, entre outras criaturas exclusivas do mundo criado por Cameron.
O enredo do filme não é o seu forte, pois o seu visual não deixa espaço para mais nada. Porém, também não é o seu fraco, já que não apresenta mais do que o necessário: A colonização de um planeta desconhecido, e a integração do homem nele. O que não seria tão fácil assim, já que os habitantes primários do planeta, não se deixarão por vencidos tão facilmente. O resultado disso ? Uma guerra. Para dar um toque um pouco mais interessante, o acoplamento de um romance entre um humano encarnado no seu Avatar, Jake Sully, com uma nativa nata do planeta Pandora, Neytiri (Zoe Saldana).
Outros personagens são o perverso, e ambicioso Coronel Quaritch (Stephen Lang), que é na verdade o único verdadeiro vilão do filme, e a cientista desenvolvedora dos Avatares, Grace Augustine (Sigourney Weaver). As atuações também foram feitas nas medidas certas, sem destaques simbólicos, mas bem inclusos, como as atuações de Stephen Lang como vilão, e Zoe Saldana, fazendo caras e bocas, como uma nativa que conhece e se envolve com alguém de outro planeta.
O filme já arrecadou neste momento em que a análise é feita, mais de 1 bilhão de dólares, chegando a quarta posição do top das maiores bilheterias mundiais, ficando apenas atrás de Piratas do Caribe: O Baú da Morte, Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei e o invicto Titanic. James Cameron com certeza, está mais do que satisfeito, já que além de ter chegado nessa marca, ainda tem algumas semanas pela frente, podendo assim até passar os próximos da lista, e com razão, Cameron tem todos os méritos. A sua obra, após passar por anos de produção, e trabalho ardo, por parte de seus desenvolvedores, merece não só por estas características, mas também pelo o resultado que alcançou, conseguindo entreter e embobar seu público, levando-os á um mundo paralelo ao cotidiano, com uma evolução do universo das mil e uma maravilhas, o cinema.
Nota Final: 9,0/10. (Excelente)
Por: Lucas Souza Maia